Recentes estudos conduzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo FGV IBRE revelam uma significativa transformação no mercado de trabalho brasileiro, impulsionada pelo crescimento do trabalho remoto e do home office. Os resultados dessas pesquisas oferecem insights valiosos sobre as novas dinâmicas organizacionais que emergiram após a pandemia de COVID-19.
Recentes estudos conduzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo FGV IBRE revelam uma significativa transformação no mercado de trabalho brasileiro, impulsionada pelo crescimento do trabalho remoto e do home office. Os resultados dessas pesquisas oferecem insights valiosos sobre as novas dinâmicas organizacionais que emergiram após a pandemia de COVID-19.
24/04/2024
Resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-C) IBGE:
O debate em torno das novas formas de organização do trabalho, como o home office, intensificou-se nos últimos anos, especialmente durante o período pandêmico. Com a necessidade de distanciamento social, muitas empresas precisaram adotar soluções que permitissem aos colaboradores continuar trabalhando de forma segura, fora do ambiente tradicional.
Segundo a estatística experimental divulgada pelo IBGE, mais de 15 milhões de pessoas trabalhavam em casa no final de 2022, representando 15,6% das vagas preenchidas.
Dos trabalhadores empregados nesses setores e que trabalham em casa:
34,8% realizam seu trabalho totalmente de casa. E, 65,2% trabalham parcialmente de casa.
Esses resultados refletem uma concentração significativa na região Sudeste, com 39,5% das pessoas trabalhando totalmente de casa.
Número de dias trabalhados em casa:
Em 2022, a média de dias trabalhados em casa era de 1,4 dia por semana.
Em 2023, essa média subiu para 3,5 dias por semana.
Satisfação e percepção de produtividade:
A pesquisa revela um alto nível de satisfação entre os que trabalham em casa, com menos de 30% expressando desejo de trabalhar totalmente presencialmente.
Principais benefícios do home office:
• Os trabalhadores destacam os seguintes pontos positivos do home office:
• Horários flexíveis: 43,6%
• Aumento do bem-estar/qualidade de vida: 38,5%
• Ganho de tempo de deslocamento: 15,8%
Tendências futuras e reflexões:
O estudo indica que o modelo de trabalho remoto veio para ficar, tanto no Brasil quanto no exterior. A pandemia acelerou essa transição, primeiro com o trabalho 100% remoto e, mais recentemente, com modelos híbridos.
Perspectivas futuras:
O número de dias trabalhados em casa parece ter se estabilizado nos últimos anos, refletindo uma possível acomodação.
A tendência de crescimento do home office no futuro é apoiada por especialistas como Nicholas Bloom, da Universidade de Stanford. Essas mudanças estão redefinindo o mercado de trabalho, lançando o trabalho remoto a um novo patamar. O aprendizado adquirido durante a pandemia certamente moldará o futuro do trabalho, com implicações significativas para empregadores, colaboradores e a economia como um todo.
Fontes:
https://portal.fgv.br/artigos/home-office-brasil-percepcoes-e-avaliacoes-trabalhadores